terça-feira, 22 de setembro de 2009

Lisboa

Cheguei. A passos largos saí da estação e pousei o saco no chão. - Não me imagino a viver aqui para sempre, pensei. Usei o telefone para saber onde estava, tinha chegado com 13 minutos de atraso. Na FNAC, claro! Onde mais poderia ser... O reencontro foi pouco caloroso, apesar dos quase 2 meses que passaram...
- O que queres jantar?, disse já no carro.
(O que quero jantar?? Não quero jantar!! Quero ficar quietinha, nos teus braços, sentir o teu coração respirar...)
- Não tenho muita fome, qualquer coisa leve, já não é cedo. Vamos directos?
Assentiu.
Passamos na Bertrand para comprar o livro e a distracção natural dos homens que pensam que as mulheres também são assim acabou por lhe passar uma breve rasteira.
- Lembraste deste tipo? , disse apontando para um fotografia.
- Não faço a mais pequena ideia de quem seja.
- Aquele que se sentou ao nosso lado?
- Ao nosso lado? Onde?
- Naquela esplanada... (Breve silêncio) Ah, esquece, não eras tu.
- Hmmm, não era eu? E então quem era?
- Uma amiga. Aliás, amiga do Bruno e da Marta.
Sorri. Amiga... Alguém com quem facilmente me confundes. Ok. Não gosto nem nunca gostei de confrontos sem o mínimo de privacidade, e a verdade é que nem posso exigir muito mais, afinal de contas o que é isto? Quem sou eu para falar? O facto é que o episódio foi suficiente para que tivesse pesadelos e passasse o fim de semana a matutar.
E o endereço de e-mail tapado à pressa? Decoreio-o... Rita...

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