quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Ele, eu. Ela, tu. Ou vice-versa.

"Hoje o dia esteve triste, chuvoso, sem uma única aberta, como a minha futura velhice. Sinto-me apertado em pensamentos tão estranhos, em sensações tão obscuras, volteiam na minha cabeça questões tão neblusas - e eu sem força nem vontade para resolvê-las. Nem sou eu quem pode resolvê-las.
Hoje não nos encontraremos. Ontem, quandos nos despedíamos, as nuvens começaram a cobrir o céu e o nevoeiro a levantar-se. Amanhã o dia vai estar mau, disse eu; ela não respondeu, não queria fingir; é que, para ela, o dia seria claro e luminoso, nenhuma nuvem seria capaz de obscurecer a sua felicidade."

[Noites brancas, Fiódor Dostoiévski]

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