domingo, 1 de fevereiro de 2009

Ontem...

Danaë, Gustav Klimt

Se tivesse que descrever como me sinto agora, depois de dormir sobre o que bebi e sobre o que vi, diria que uma tela de Klimt o ilustraria, cheia de cores pequeninas, transparecendo harmonia, alegria e beleza, mas ao mesmo tempo uma certa nostalgia e tragédia.

Ela é muito bonita, sim, delicada, diria, se bem que só a consegui olhar por breves segundos… Parecem tão apaixonados, numa dimensão muito mais real do que a nossa, mais palpável, de tal forma que me faz colocar dúvidas sobre tudo o que dissemos um a outro, e que continuaríamos a dizer se o permitíssemos... Fico feliz por ti, e tão triste por mim! Neste momento a minha alma é um turbilhão de ideias, sinto aquela raiva pequenina, quase minúscula, e não por ti ou por vós, mas pelo nosso amigo que transmitiu, claro como água, que se regozijava por eu estar ali, naquela posição… Ele não, não me convence, conheço-o bem, e aquela relação foi uma solução fácil, um remedeio… E eu... Eu estou tão bem! Finalmente encontrei tudo o que valorizo num só ser e a descoberta está a ser surpreendente a cada minuto que passa. Apenas a distância transtorna um pouco, e ontem, eu não podia ter estado ali, não sozinha...

1 comentário:

RUI BERNARDO disse...

Palavras tão fortes...