Hoje, os sinos da nossa aldeia, os que trago gravados na alma desde o tempo da escola primária, hoje eles dobram por ti.
Amanhã vou sentir saudades do teu longo cabelo branco e da tua pele fina a que o tempo roubou a cor.
Além vou sorrir ao pegar no teu livrinho de orações com letrinhas minúsculas que dizias conseguir ler, mas que sabias de côr.
Jamais perderei no paladar o sabor da cevada preta e quente acompanhada pelo pão com manteiga que preparavas religiosamente para todos à hora do lanche.
Hoje recordo os teus 83 anos de vida árdua de mãe 16 vezes parida...
Avó Helena, hoje partiste e levaste um pedacinho do meu coração. A tua varanda vai ficar arejada e dela vou poder ver a roupa branca a corar no quintal.
Hoje esses belos sinos dobram por ti e eu choro de os ouvir...
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